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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O tão esperado - 27 anos sem Tancredo



(Vigésimo Terceiro Período de Governo Republicano
15.03.1985 a 15.03.1990)



No último 15 de janeiro foi lembrado 27 anos da eleição do presidente Tancredo Neves. Ocorrida de forma indireta, através do Colégio Eleitoral, sendo 480 votos a favor contra 180, com dezessete abstenções. Esta foi a primeira eleição de um presidente civil após mais de 20 anos de Regime Militar no Brasil.


Muitos leitores podem lembrar Tancredo nas aulas de história do colégio, sendo aquele que não assumiu o cargo maior do poder executivo do país, por ter falecido um dia antes. Tancredo Neves nasceu no dia 4 de março de 1910 em São João Del Rei, Minas Gerais. Diplomou-se em Direito pela Universidade de Minas Gerais e iniciou sua carreira política em 1933, quando filiou-se ao Partido Progressista.

Com a decretação do Estado Novo getulista, em 1937, interrompeu sua carreira, voltando à política em 1945, com a queda do Estado Novo. Foi eleito deputado federal em 1950 e em 1953, com o apoio de Juscelino Kubitschek, foi ministro da Justiça. Exerceu também os cargos de Primeiro-Ministro no governo de João Goulart e de governador do Estado de Minas Gerais em 1982.

Sua eleição deu novo ânimo à população brasileira que, em sua maioria, já estava lutando contra a forma autoritária da Ditadura Militar e em projetos, como a Diretas Já. A imprensa comemorou (foto), a população depositou em Tancredo a confiança de tempos melhores, a caminho da democracia.



Mas, a tão esperada posse, no entanto, nunca ocorreu. No dia 14 de março, véspera de assumir o cargo, o ex-governador de Minas Gerais teve de ser operado às pressas no Hospital de Base, em Brasília. Era o início de um pesadelo que exigiria outras seis intervenções cirúrgicas e se estenderia até sua morte, anunciada em 21 de abril.

Abaixo, segue vídeo com o anúncio de sua morte no programa Fantástico.



A Lei nº 7.465 de 21.04.1986, no artigo 1º, determinou que "o cidadão Tancredo de Almeida Neves, eleito e não empossado, por motivo de seu falecimento, figurará na galeria dos que foram ungidos pela Nação brasileira para a Suprema Magistratura, para todos os efeitos legais"


Deixou dois depoimentos que saíram em livros: o primeiro: "Tancredo Neves, A trajetória de um liberal", a partir de uma entrevista dada à sua sobrinha Lucília de Almeida Neves, narra sua trajetória política até 1954 apenas, pois Tancredo parou a entrevista para se dedicar integralmente à eleição no colegial eleitoral que ocorreria em 1985. O segundo livro entrevista foi "Tancredo fala de Getúlio", onde dá seu depoimento sobre o antigo presidente e a sua atuação política ao lado de Getúlio.

Abraços!



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