Fiquei feliz ao ver na Revista Caruaru Vip, edição de junho, artigo de minha autoria. Muito interessante, tanto o artigo, que faz uma ligação com a novela Amor e Revolução da SBT, como também a revista, muito bem feita por Sandemberg Pontes, Paula Bezerra e demais colaboradores.
Agadeço o espaço na revista e transcrevo aqui o artigo publicado. Comprem a revista, ela está linda.
Lembranças de amor e revolução
A história que nunca deve ser esquecida
Muitos professores e estudiosos explicam a importância de se estudar história para que a sociedade atual não cometa os mesmos erros das anteriores. Estudar história, além desta função, tem o poder de fazer-nos conhecer a si mesmo e quem nos cerca. Através de livros, de artefatos ou apenas de conversas que são baseadas nas memórias de quem viveu uma época passada podemos acrescentar uma parte importante em nosso conhecimento.
A Ditadura Militar brasileira é uma dessas histórias que, quando contadas ou estudadas fascinam para quem ler ou as ouve. Um período taxado como anos de chumbos, provoca uma série de sentimentos importantes para um autoconhecimento. E ajuda a perceber a importância do lugar em que se vive. A emissora de televisão SBT está retratando, através da telenovela “Amor e Revolução” esta época da história do Brasil, que por sua brutalidade devia ser esquecida, mas por sua luta devia ser sempre lembrada.
Os personagens que compuseram a narrativa real, que começou com o golpe militar de 1964, hoje vão em busca de um novo objetivo para se lutar. Antes, a luta era por liberdade, seja ela de expressão, social, política ou ideológica. Hoje, a luta é para não caírem no esquecimento, para que a luta, que matou muito e machucou milhares, não tenha sido em vão.
Os tempos hoje são diferentes. Algumas conquistas foram alcançadas. Hoje, uma telenovela pode retratar o que se passou nos porões de torturas, de fingimentos. A televisão hoje exerce grande influência sobre a sociedade contemporânea. A “Amor e Revolução” está despertando em seus telespectadores e naqueles que acompanham a trama indiretamente, curiosidade em saber mais sobre a ditadura, revolta pelos crimes e atrocidades e até reações contrárias ao que se é mostrado.
Mas ainda é preciso gritar para as novas gerações, que toda essa liberdade, o direito de ir e vim que está garantido na Constituição Federal, foi fruto da luta, do sacrifício do José, Francisco, Manoel, Miguel, Maria. Que não são apenas os grandes nomes, que estampa os livros de história ou que são citados na novela que fizeram do golpe militar um aprendizado para que pudéssemos garantir nossos direitos. Que aquele senhor, sentando no banco em frente à Igreja de sua cidade tem muita história para contar. Que aquela senhora que parece ser apenas uma pessoa de 3ª idade em sua vida tranqüila no interior do Nordeste pode nos revelar histórias surpreendentes.
Indico a você caruaruense ou morador da cidade que está lendo este artigo que assista sim à novela que leia a respeito, que busque na internet ou em livros. Mas posso garantir que se você tirar uma tarde, e puder ir ao Café Rio Branco, que fica ali pertinho da Igreja Catedral, poderá conhecer muito mais sobre a Ditadura, o Golpe, a Revolução, ou como queira chamar. Entenderá que Caruaru também teve histórias que poderiam ser roteiro de telenovelas, que a história realmente nos faz pensar e nos ajudar a construir uma trama mais justa, com menos erros.
"Quando o povo brasileiro viu Irene dar risada
ResponderExcluirClementina no terreiro restaurando a batucada
Muito além de um quarto escuro, nos olhos da namorada
Eu sonhava com o futuro das meninas do Brasil"(Fausto Nilo)