Olá!
Primeiramente quero pedir desculpas pela demora para uma nova postagem. Comprometo-me, com a ajuda da minha amiga Márcia Galindo, a coninuar postando com mais frequência.
Hoje falo sobre mais um personagem, personagem este que estará no meu livro. Um vizinho que infeizmente não conhecia ate então (sinais da vida moderna que não nos deixa conhecer nossos vizihos)
Na época, era um adolescente que aprendeu com o pai, o policial Luiz Alves Siqueira, a sempre prestar obidiência. No contato com amigos do pai, quando menor queria ser juiz. Mas o regime Militar mudou a vida de muitos.
Edson Costa de Siqueira, estudante, que antes só pensava em tomar coca-cola com rum e ouvir músicas, percebeu a dificuldade em se reunir com seus amigos, no pós 1964. Tudo era motivo para desconfiança. Tudo era vigiado.
Achou no humor, na forma de desenhos e charges, uma via de expressão,de dar sua opinião. A pichação também foi outra via para gritar para o mundo que algo estava errado. E foi por causa do humor e da vontade de abrir os olhos dos cidadãos caruaruenses, sejam eles feirantes, estudantes ou amigos, que fez com que seu próprio pai o acordasse em um domingo de manhã e lhe desse voz de prisão.
Na prisão, sofreu tortura, psicológica ou física. Passou poucos dias na cadeia, solto por um apelo de seu pai que não queria ver seu filho acusado injustamente.Teve que sair de Caruaru, sua vida corria perigo, seus passos eram vigiados. Ele lembra que, não podia encontrar dois amigos e conversar banalidades da juventude, que algum "vigia" da Ditadura já os repreendia.
Viajou para Rio de Janeiro, depois para Manaus, Minas Gerais e, por fim, para Afogados da Ingazeira onde se refugiou e, com o apoio do então bispo diocesano Dom Francisco Austregésilo de Mesquita Filho, continuou a sua militância política.Lá, retomou sua vida, restou serviços para a SANEPE (atual COMPESA). Depois, por concurso, foi admitido na EMATER, mas, devido à sua aprovação, também, no Banco do Brasil (concurso prestado em Salvador-BA), optou pela mudança.
No ano seguinte - 1974 - iniciou a graduação em Agronomia na Faculdade de Patos, na Paraíba. Com muita dificuldade participou durante um ano, mas,trancou o curso.
Foi membro do Programa de Educação Política da Diocese de Afogados da Ingazeira e produtor e apresentador dos programas “MPB-SHOW”, “MOMENTO BRASIL” e “O REPÓRTER PENINHA” na Rádio Pajeú de Educação Popular.
Passou por Rio Branco (Acre) e voltou a Caruaru em 1985. Graduou-se em Direito pela FAVIP, em Caruaru, temrinando o curso em 2009.Nunca pensou em desistir, sempre lutou pelo que quis. E essa sempre foi uma características da juventude daquela época.
Ele viu este blog e me procurou. Espero que fique assim como eu, feliz por poder, hoje, falar e se expressar livremente, sobre o que aconteceu naquela época.
Abraços
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