Bom dia.
Fiquei um tempinho sem escrever, quero pedir sinceras desculpas, mas o próprio TCC e o trabalho tomaram bastante meu tempo por esses dias. E, através deste blog quero manifestar também um apelo.
Nesta segunda-feira (23) fiquei sabendo que o governador do estado do Piauí, Wilson Martins determinou a abertura de todos os documentos produzidos pelo extinto DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) do Estado. O decreto do governador coloca à disposição do interesse público os documentos das unidades de inteligência das polícias Civil e Militar do Estado, pelas assessorias de informação dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual.A partir de agora qualquer pessoa pode ter acesso aos documentos produzidos no Piauí durante o período da Ditadura Militar. Dentro de seis meses todos os documentos que ainda estiverem sob custódia dos órgãos do Estado devem ser entregues ao Arquivo Público do Piauí, passando a integrar a rede nacional de arquivos da ditadura.
Achei esta uma iniciativa muito louvável, pois assim o povo pode conhecer sua própria história. E esta é a intenção do meu livro. De poder fazer valer o direito de todos os caruaruenses de conhecer sua própria história e daqueles que lutaram para que hoje em dia, nós possamos nos expressar livremente, possamos votar e exercer nosso livre arbitro de forma plena (ou quase).
Hoje existem iniciativas como a citada acima, que fazem a gente perceber o quanto é importante não deixar o passado pra trás. O site criado pelo Governo Federal, Memórias Reveladas (http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/) ainda tem um arquivo pequeno, mas qualquer passo, mesmo pequeno, nos ajuda a perceber que o governo está abrindo os olhos. Depois do governo do Lula – que foi perseguido político – e agora com Dilma – também perseguida, guerrilheira e presa pelo Regime Militar – percebe-se um esforço para que se conheçam as verdades dos porões pós-golpe de 1964. Também se planeja a criação da Comissão da Verdade. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias aprovou na quarta-feira (16) a realização de audiência pública para discutir a criação da Comissão Nacional da Verdade, prevista no Projeto de Lei 7376/10, do Executivo. Polêmica dentro e fora do governo, a proposta diz que a comissão terá o objetivo de esclarecer casos de violação de direitos humanos ocorridos no período da ditadura.
Espero que o governador do estado de Pernambuco, Eduardo Campos, neto de preso, perseguido e exilado político da Ditadura Miguel Arras, possa também lutar para que a história do estado não se perca, Para que as novas, a minha geração, e as futuras possam valorizar a luta de quem não desistiu da democracia.